O modelo de agricultura urbana de Curitiba será apresentado no 2º Seminário Internacional sobre Agricultura Urbana, que começou nesta terça-feira (13/10) em Medelín, Colômbia. O convite para a apresentação foi feito pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), organizadora do seminário.
As ações de agricultura urbana são desenvolvidas pela Secretaria Municipal do Abastecimento. Atualmente são cultivados em plena área urbana de Curitiba 220 hectares de hortas e lavouras que produzem as mais variadas espécies de verduras, legumes, grãos e até frutas. A produção anual chega a cerca de 5 mil toneladas de alimento. São cerca de 1.100 hortas de diferentes tamanhos.
“A participação no seminário é um reconhecimento do bom trabalho que Curitiba tem feito em relação ao combate à fome, e do qual a agricultura urbana faz parte. Além de produzir alimentos, o programa dá um uso nobre a terrenos abandonados e faz a inclusão social”, destaca o prefeito Beto Richa.
Modelo participativo, o programa de agricultura urbana da Prefeitura de Curitiba envolve o trabalho direto de 8 mil pessoas, organizadas em associações ou em instituições. Cada família recebe um lote para cuidar. Com auxílio de técnicos da secretaria, as famílias preparam o solo, plantam e cuidam. A produção é usada para consumo das famílias ou comercialização.
A apresentação em Medelín será feita pelos técnicos da secretaria, Lia Nara Paludo e Edson Rivelino. O seminário da FAO termina na próxima quinta-feira (15), véspera do Dia Mundial da Alimentação.
Além da agricultura urbana, Curitiba conta com uma rede de abastecimento alimentar para combate à fome e acesso a alimentação. Os Armazéns da Família, por exemplo, conta com 29 mercados populares que vendem alimentos com preço 30% mais baratos para população com renda de até três salários mínimos.